domingo, 15 de maio de 2011

Os Fenômenos da Natureza

Os Fenômenos da Natureza

          Os fenômenos naturais fazem parte do cotidiano de todas as pessoas,  despertando grande interesse especialmente nas crianças. As chuvas, enchentes, a luz do sol, o processo de formação do arco-íris, entre outros fenômenos, muitas vezes mostrados pela televisão, instigam a curiosidade no sentido de entender como e porque eles acontecem.
              Para uma criança em idade de 4 a 6 anos muitas vezes a explicação de como isso acontece é dotada de grande abstração, necessitando o entendimento através de bases teórico-metodológicas e atividades lúdicas que permitam à criança entender os processos que envolvem os fenômenos da natureza.
              A compreensão dos fenômenos da natureza possibilita o entendimento da relação do homem com a natureza, relação essa que é a base da vida humana. Perceber que a natureza tem sua própria dinâmica e que o homem muitas vezes depende dela é um fator muito importante. Já que com os avanços da tecnologia o homem pensou que poderia dominar e controlar os seus processos, e na atualidade a presença cada vez maior de grandes desastres que são mostrados pelos meios de comunicação revela que o homem interferiu de forma inadequada na natureza. Desta forma torna-se possível através do entendimento do cotidiano chegarmos a compreensão da complexidade e da diversidade que é a vida no planeta Terra.
              Fatos que despertam a curiosidade das crianças e ações reflexivas sobre a relação do homem com os recursos naturais, fazendo com que eles próprios atuem no seu processo de aprendizagem e tornem-se capazes de despertar a criticidade com subsídios e conhecimento, através de opiniões próprias e de um pensamento construtivo frente a vida.
              O ambiente escolar pode estimular essa compreensão, através de perguntas relevantes por parte do educador, e permitindo que o educando faça seus próprios questionamentos frente aos conteúdos abordados na sala de aula.
              A partir do momento em que o educador permite que o aluno questione, pergunte curiosidades próprias ele está fazendo com que esta criança envolva-se na construção de seu conhecimento de uma forma autônoma, demonstrando seu conhecimento prévio, sem lhe impor aquilo que ele acha ou não relevante, desta forma estamos nos referindo a um processo realmente reflexivo e construtivo.
              O conhecimento prévio deve ser considerado sobre qualquer assunto a ser trabalhado. Utilizar diferentes métodos de busca de informações, de coleta de dados são ações que o professor deve rigorosamente estender em suas estratégias para que suas aulas sejam de total interesse dos alunos, para o bom desenvolvimento sensorial e social; sempre que considerado o conhecimento dos alunos, os mesmos terão vontade de se manifestar e sobre tudo, terão uma positiva construção de conhecimento.  Enfim, o interesse de ambos, educador e educando deve ser um trabalho mútuo baseado na troca de experiências, para que todos possam ter uma vasta e grandiosa construção de conhecimento.
              Explorar os acontecimentos que fazem parte do cotidiano do educando de maneira lúdica pode ser um caminho para a compreensão de uma realidade que num primeiro momento se pareceu abstrata. As atividades lúdicas permitem a simulação de fenômenos e acontecimentos que fogem da compreensão imediata do educando, estimulando a curiosidade e o interesse além de permitir o confronta mento de idéias tornando o conhecimento possível.
              A explicação científica dos fenômenos da natureza na sua linguagem causa um estranhamento em relação ao seu conteúdo, mas se trouxermos esse conhecimento através de exemplos simples do seu dia a dia e demonstrando mediante atividades práticas o mesmo conteúdo permitimos a compreensão. É defendendo essas idéias que o presente trabalho irá mostrar através de atividades lúdicas destinadas a crianças de 4 a 6 anos como pode se dar a compreensão dos fenômenos da natureza, primeiramente abstratos.


             
             






Atividades sugeridas

1. Apresentação do vídeo “De onde vem o Arco-íris?”  e em seguida a elaboração da atividade “FORMAÇÃO DA COR BRANCA”.

1.1 Objetivo

Observar as cores da luz. 
Com esta experiência os alunos poderão ver as cores do arco-íris refletidas no papel de cor branca, podendo, assim, entender melhor o que é a refração.

 1.2 Materiais necessários

Cartolina branca
Cartolina vermelha
Cartolina laranja
Cartolina amarela
Cartolina verde
Cartolina azul
Cartolina turquesa
Cartolina violeta

1.3 Desenvolvimento
 1ªetapa • Cortem a cartolina como um disco redondo e deixem um buraco no meio para poder girá-lo.

2ªetapa Divida o disco em sete partes iguais  e pintem cada parte com as cores do arco-íris.

3ªetapa ● Gire-o rapidamente para ver o que acontece.
Após a confecção do espectro solar e o desenvolvimento do experimento (girar rapidamente a cartolina), o professor poderá fazer algumas perguntas para que o fechamento das aulas seja feito. Poderá perceber neste momento se os alunos têm dúvidas sobre o que viram durante as aulas. Sugerimos perguntas, tais como:

- Por que ao girar rapidamente o disco pintado não dava pra vê-lo colorido?

- Isso aconteceu por quê?

- O que vocês acharam de fazer esta experiência?




2. Estados físicos

2.1 Objetivos
Observar a transformação dos estados físicos da matéria.
Verificar como a temperatura influi nesse processo.

2.2   Materiais necessários  

Termômetro comum, água, cartolina, caneta de ponta grossa, gelatina de vários sabores (cada uma rende cerca de dez porções), tigelas transparentes, colheres, jarras plásticas, copos descartáveis, geladeira e aquecedor portátil.

2.3 Desenvolvimento

1ªetapa Comece pedindo à classe exemplos dos estados físicos da matéria. Que coisas do dia-a-dia são líquidas? E sólidas? Pergunte sobre o estado da gelatina, aproveitando para descobrir quem gosta dessa sobremesa e quem sabe como se faz. Escreva a receita em uma cartolina e tire cópias para facilitar a leitura passo a passo junto com as crianças.



2ªetapa Divida a turma em grupos de cinco, cada um com uma tigela plástica transparente, uma colher, uma jarra com água fria e copos. É hora de analisar os ingredientes da gelatina. Qual é o estado da água fria? E o do pó? Permita que as crianças o provem e opinem sobre o gosto.

3ªetapa Para demonstrar o estado gasoso, coloque água em uma tigela transparente e peça que os pequenos usem o termômetro para medir a temperatura. Ponha um aquecedor portátil no recipiente e deixe o termômetro dentro da água para mostrar a coluna vermelha subindo. Anote a medida. Possibilite que cada criança sinta as gotículas de vapor na mão. Estimule o registro do processo em desenhos.

4ªetapa Adicione água quente à tigela de cada grupo na proporção da receita. O que aconteceu com o pó? Estimule as crianças a terminar a gelatina sozinha, seguindo as orientações. Quando acrescentarem a água fria, aproveite para explicar que ela acelera a transformação do líquido em sólido. Concluído o passo-a-passo, peça que tirem a temperatura novamente e marquem o valor. Deixe-os encher os copinhos e levá-los à geladeira.

5ªetapa Termine a experiência com um "banquete" da sobremesa. Deixe uma gelatina fora da geladeira para que as crianças observem a volta ao estado líquido. Incentive que cada uma faça novos desenhos para documentar todo o processo.



 





3. Por que as casas caem do morro?

3.1 Objetivo 
 O objetivo é fazer com que as crianças entendam a absorção dos diferentes tipos de solo. E as casas construídas em solo inadequado  acabam desmoronando.

3.2  Materiais necessários
1bandeja  com  bloco de grama,
1 bandeja  envolvida no papel filme(representando o asfalto)
1 bandeja com terra.
 1 regador

3.3 Desenvolvimento

1ªetapa
 
Colocar as bandejas em posição inclinada ( representando um morro).

2ªetapa Regar o bloco de grama.

3ªetapa Regar o bloco impermeável.

4ªetapa
Regar o bloco com terra.

5ªetapa
Observar que a absorção acontece de modo diferenciado em cada  bloco :
1 a grama absorve mais água que os demais
2 a impermeável não absorve água
3 a terra vira lodo



4. Móbile Solar

4.1 Objetivo 
 Fazer com que o aluno compreenda a formação  do eclipse solar.

4.2 Materiais necessários

1 cabide
1 bola de isopor grande
1 bola de isopor médio
1 bola de isopor pequeno
Barbante
Lanterna

4.3 Desenvolvimento

1ªetapa
 
 Pintar as bolas de isopores correspondentes  a sua exemplificação ( grande sol, media terra, pequena lua).

2ªetapa Amarar barbantes  nas bolas de isopor.

3ªetapa  Amarar as bolas no cabide em seqüência  sol, terra e lua.

4ªetapa
Com a lanterna fazer um jogo de luz para exemplificar  o eclipse


 


5. E se faz... sombra?

5.1 Objetivos

- Oferecer situações de discussão e experimentação.
- Identificar e entender alguns conceitos e suas variáveis, como objeto, fonte de luz e anteparo.
- Agir sobre o conceito a ser estudado, por meio de investigação, levantamento de hipóteses, verificação prática e registro.

5.2  Materiais necessários  
 Lanternas, papéis diversos (cartolina, celofane, papel-manteiga, papel translúcido, papel-cartão), máquina fotográfica, retroprojetor, lençol ou pano branco, TNT colorido e tecido grosso preto.

5.3 Desenvolvimentos

1ªetapa
Reúna todos numa sala e apague as luzes. Ilumine com uma lanterna as páginas do livro O Teatro de Sombras da Ofélia e leia para a garotada. É a história de uma senhora que tem a vida modificada depois que dá abrigo a um grupo de sombras. Estimule a discussão sobre por que e como elas aparecem. Elas só existem de dia ou de noite também? Nossa sombra fica sempre atrás de nós? Com essas informações, você já conseguirá saber o que o grupo conhece sobre o tema e que atividades poderão ser mais proveitosas para a turma.
 
2ªetapa

Com as hipóteses colocadas, proponha uma experiência. Desvie a lanterna para as mãos da meninada. Aproxime e afaste o facho de luz da parede, mostrando como a projeção diminui e cresce. Desligando a lanterna, levante a questão da dependência entre luz e sombra: uma existe sem a outra? É um bom momento para introduzir a nomenclatura correta, com palavras como objeto e anteparo. Depois de cada atividade, solicite que os pequenos registrem o que observaram, em relatos ou desenhos.
3ªetapa
Sugira brincadeiras como pega-pega de sombra, fotografia dela sobre diferentes superfícies (grama, terra, cimento) e manipulação do retroprojetor. Retome o livro de sombras sempre que houver interesse e converse sobre as situações. Com base nas questões levantadas, peça aos pequenos que elaborem hipóteses e as registrem no caderno.

4ªetapa
Organize experiências em grupo para testar as hipóteses cogitadas. Identifique com a classe as fontes de luz natural (primária) ou artificial (secundária). Coloque um objeto sob a luz do Sol e leve todos para observá-lo de hora em hora para ver o que aconteceu. Sugira que uma criança contorne a sombra no chão com giz. Outras podem anotar os horários de visita. Certamente surgirão discussões sobre por que ela muda de lugar, como ela cresce etc.

5ªetapa
Monte duas telas: uma com tecido grosso e outra com um bem fino. Acenda a lanterna do lado oposto ao que estão todos e peça que digam o que observam. Por que o anteparo feito com a trama fina deixa passar a luz e a grossa não? Explique o conceito e o fenômeno da absorção. Aproveite para introduzir a reflexão em superfícies como a do espelho e outras semelhantes. O que acontece quando a luz bate nelas? Será que as sombras precisam ser sempre pretas? Depois de ouvir as hipóteses, mostre papéis translúcidos e transparentes, colocando-os ora na frente da luz, ora entre a fonte e o objeto.

6ªetapa
Analise os registros e debata as hipóteses que foram comprovadas ou não. Tire conclusões com todos. Como escriba, anote tudo o que for dito e depois organize um relatório. Em roda, promova uma discussão coletiva sobre as conclusões tiradas dos experimentos que você registrou.

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